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ASSOCIATION MONDIALE DE PSYCHANALYSE
IXe Congrès de l'AMP • 14-18 avril 2014 • Paris • Palais des Congrès • www.wapol.org

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BOUTS DE RÉEL
Pedaço de real em uma pichação
Laureci Nunes

Tomada de assalto pela frase escrita num muro em rua movimentada de minha cidade: "O amor romântico mata", coloquei-me a pensar sobre o lugar do amor nos tempos atuais e as possibilidades dele ainda e prestar a ser uma resposta ao real da inexistência da relação sexual.

Lacan no seminário 20, no capítulo IV, afirma que o amor permite ao gozo condescender ao desejo, e é o seminário em que ele colocou com todas as letras a inexistência da relação sexual, indicando que o amor é o que lhe vem em suplência.

Uma das leituras possíveis à frase acima é sugerir um virar-se às costas ao laço social, como contra indicação à suplência que o amor pode propiciar e uma ingênua alusão a que se possa impedir amor e morte, ambos encontros absolutamente contingentes. Se amar é querer ser amado, o alerta acima propõe prescindir desse desejo?

Parece apologia ao gozo do Um sozinho; sabemos que o amor não faz de dois um, mas ele vela o autismo do gozo, na medida em que no amor as palavras são necessárias, nele a demanda se insere, há discurso, portanto laço social.
Há amor que não seja romântico?

Laureci Nunes
EBP, Florianópolis, Santa Carina