Un réel pour le XXI sciècle
ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE PSICANÁLISE
IX Congresso da AMP • 14-18 abril 2014 • Paris • Palais des Congrès • www.wapol.org

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PEDAÇOS DE REAL
O amor e os corpos que se mostram no excesso
Carmen Silvia Cervelatti

O "hormônio do amor", a ocitocina, mudaria a maneira como anoréxicos veem os alimentos e o formato de seus corpos, conforme pesquisa em desenvolvimento no Instituto de Psiquiatria da King's College London, segundo Janet Treasure. Em parceria com cientistas coreanos, descobriram que esse hormônio foi capaz de alterar a maneira como os anoréxicos direcionavam sua atenção à imagem. Nova prescrição: romance. Spray de hormônio para suprir a falta de proporção sexual.

Para Lacan, o discurso capitalista tem por característica a recusa do amor e da castração, e se neste há Outro é aquele que trata o objeto como puro objeto de consumo e nada ou quase nada faz signo do amor.

Para fazer existir o sinal de amor, a anoréxica recusa o alimento comendo porções de nada, enquanto que na bulimia e na obesidade o sujeito o consome infinitamente para compensar a falta do Outro: ultrapassam a barreira do bem e do belo para condescender ao gozo. Acrescenta-se a isso, a imensa dificuldade do laço social. Diferentemente da ciência, na psicanálise o "isso rateia, falha" demonstra a relação com o impossível, e é exatamente nesta dimensão da falha que incide a nossa prática, sempre pautada pelo amor de transferência e pelo desejo do analista.

Carmen Silvia Cervelatti
EBP, São Paulo, São Paulo