Un réel pour le XXI sciècle
ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE PSICANÁLISE
IX Congresso da AMP • 14-18 abril 2014 • Paris • Palais des Congrès • www.wapol.org

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PEDAÇOS DE REAL
O corpo no chão
Sonia Perazzolo

Um cantor brasileiro, chamado João Bosco, já cantava esse refrão: "Tá lá o corpo estendido no chão" de sua música chamada de "De frente pro crime" em um deboche bem formulado sobre o que se impunha na cena de um crime, onde no lugar do rosto do morto tinha uma foto de jornal estampando um gol.

As pessoas que se reuniram em torno do morto, fizeram até discurso para vereador, venderam objetos, aproveitando a multidão que ali se encontrava. Assim como na canção, o corpo da moça foi arrastado pelo chão. Ela foi baleada, colocada no porta-malas de um carro da polícia. O porta-malas abriu, ela caiu e não resistiu aos ferimentos. Morreu...

Muitos viram por onde passava o carro. No século XXI o Real aparece como a indiferença. Indiferença marcada por um modo de gozar tido como "não tenho nada com isso". Tá lá o corpo arrastado pelo chão...

Sonia Perazzolo
Associada ao CLIN-a, São Paulo, São Paulo